Maio 2013
Meditações Diárias |
Renova-me |
Compilação: Ardis Dick Stenbakken |
O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; todos os que cumprem os Seus preceitos revelam bom senso. Salmo 111:10
Quando aquela serpente, o diabo, disse a Eva que ela seria “como Deus”, conhecedora do bem e do mal (ver Gênesis 3:4), tenho certeza de que ela não tinha ideia do que isso significava, mas descobriu logo. Imagine a primeira morte de um animal, a primeira briga com Adão, a morte da sua flor preferida. Então, um filho, seu precioso primogênito, matou o irmão, Abel. Ela perdeu dois filhos naquele dia. Mas devia haver coisas boas acontecendo, também – bebezinhos nascendo, alegres reuniões de família, piruetas divertidas de animais e deslumbrantes alvoradas e crepúsculos.
Parece que o bem e o mal estão sempre misturados. Minha mãe faleceu dois dias após o nascimento da nossa filha. Lamentar-se ou comemorar? Bem e mal; nosso mundo é uma mistura de tudo. Existe suficiente bem para ser desfrutado na maioria dos nossos dias; a vida na Terra não é totalmente ruim. Mas então alguém próximo a nós contrai câncer ou é mutilado num acidente; ou um ser amado nos trai a confiança e não queremos mais viver aqui, nesta velha Terra. Hora após hora, dia após dia, a televisão apresenta pavorosas fomes, terremotos, inundações, incêndios, crimes, guerra e morte. Não queremos saber mais nada do mal! Queremos o Céu, onde não haverá sofrimento, “não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou” (Apocalipse 21:4). O mal e o bem não mais estarão misturados.
O texto de hoje nos diz: “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; todos os que cumprem os Seus preceitos revelam bom senso.” Que significa isso? Como obtemos essa sabedoria? Creio que significa guardar as leis de Deus – isto é, conhecer o bem. Uma das coisas que tenho apreciado com relação às regras de Deus é que elas sempre fazem sentido; estão aí para nosso bem e felicidade. Não são regras arbitrárias que alguém simplesmente inventou. Quando as seguimos, somos mais saudáveis e felizes; nossa família é mais forte e nossas comunidades, mais seguras.
O fato de Eva não ter podido imaginar o mal não lhe serviu de desculpa. Nós tampouco temos uma desculpa; o plano de Deus para nós sempre foi que conhecêssemos o bem. Contudo, desde aquele dia no jardim, as irmãs de Eva têm conhecido uma porção do mal. Ah, como desejo que cada uma delas conheça Jesus e o plano dEle para a sua vida. Hoje, esse é meu desejo para você também.
Ardis Dick Stenbakken
Provem, e vejam como o Senhor é bom. Salmo 34:8
Era minha última aula na faculdade, e eu me preparava para uma apresentação em grupo num seminário, quando recebi a notícia de que a apresentação seria numa noite de sexta-feira. Fiquei preocupada com a possibilidade de receber uma nota baixa e ter que fazer o exame final no sábado, mas não me desesperei. Simplesmente orei em silêncio, pedindo que Deus me desse força para aquele momento.
Após a oração, informei à professora e ao meu grupo que eu não poderia ajudar na apresentação do seminário. O grupo não gostou, e discutimos um pouco o assunto, mas permaneci firme na decisão. A professora pediu que eu pensasse um pouco mais e lhe desse a resposta na semana seguinte, pois perderia minha nota em duas matérias, e isso devia ser pensado com calma.
Uma semana depois, a professora me chamou e perguntou se eu ainda mantinha a mesma decisão. Confirmei, com um movimento da cabeça. Ela procurou me convencer a mudar, dizendo que não era bom, no fim de um curso, fazer exames finais de duas matérias, mas eu estava resoluta em minha decisão. Ela, então, deu um suspiro profundo e disse que eu teria que fazer o exame final de uma só matéria, porque ela mudara a data da apresentação. Agradeci muito a Deus, mas esperava algo mais. Quando agradeci à professora o seu apoio e compreensão, ela me pediu que chamasse o grupo, e fiz isso. Então ela disse que respeitava as crenças religiosas dos seus alunos e, por essa razão, eu devia participar da preparação do seminário, e receberia a mesma nota que o grupo recebesse. Agora eu estava satisfeita, e muito impressionada ao ver como Deus resolve os problemas dos Seus filhos.
Quando me levantei e mais uma vez agradeci, a professora simplesmente disse: “Quem sou eu para desviar uma serva do Senhor dos caminhos dEle? Faça o trabalho e fique em paz.”
No fim das apresentações, fui informada de que meu grupo obtivera uma boa nota pelo seminário, e fiquei ainda mais feliz.
Quando permanecemos firmes em nossa convicção, podemos saber que nosso Deus é fiel e justo conosco. Precisamos nos lembrar disso. Deus me abriu o caminho quando eu realmente não esperava que houvesse uma mudança. Prove e veja. Deus é fiel!
Carmem Virgínia
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Como é feliz aquele que tem suas transgressões perdoadas e seus pecados apagados! Salmo 32:1
Tenho uma gata chamada Dermie, que é, em parte, japonesa de cauda curta, considerada uma raça muito inteligente de gato. Também é característica dessa raça que, uma vez adquirido um mau hábito, ela não o abandona. Considere Dermie, por exemplo, que é de uma raça caseira, e os gatos caseiros são conhecidos por ter maior expectativa de vida, e saúde melhor que os gatos que preferem andar ao ar livre. Nós a amamos e queremos que esteja em segurança, seja saudável e fique conosco por longo tempo. Mas ela ama os aromas do lado de fora e gosta de perseguir as aves que andam por lá. Assim, em toda oportunidade que tem, procura abrir as persianas das janelas – e é muito boa nisso também! Paciente e decidida, ela tenta abrir as persianas com as patas, até abri-las ou até eu enxotá-la. Uma vez tendo aberto a persiana, ela faz passar seu corpo peludo através do espaço, até ficar entalada entre a tela e a janela. A essa altura, as persianas geralmente se fecham por trás dela. Então, tudo o que ela faz é empurrar a tela para fora e saltar para a liberdade. Sua obsessão em ir para fora ficou tão séria que tivemos que fechar as partes da casa com janelas que se prestam às grandes escapadas de Dermie. Mas ela continua tentando.
Dermie sempre volta para casa depois de fugir. Às vezes, acaba de sair quando percebe que se esqueceu de comer primeiro, e quer voltar para dentro de casa. Mas minha vontade é que ela fique dentro, pois não preciso me preocupar com a possibilidade de ela ser atropelada por um carro, atacada por outro animal ou qualquer outra coisa ruim.
Dizem que as pessoas e seus bichos de estimação podem acabar ficando parecidos. Acho que, nesse caso, Dermie e eu estamos agindo do mesmo modo. Não, não escapo pela janela para correr por aí e rolar no chão, mas me afasto da vontade de meu Pai e tento fazer as coisas do meu jeito. Vez após vez. Sempre lamento e quero voltar para os limites da Sua vontade, mas, de alguma forma, acho difícil quebrar maus hábitos. Às vezes, sou como Sara, do Antigo Testamento, achando que minha contagem do tempo é melhor que a de Deus, ou que Ele precisa da minha ajuda. Às vezes, simplesmente estou ocupada e me esqueço de perguntar a Deus o que é melhor. Outras vezes, permito que meus desejos se tornem o foco dos meus pensamentos.
Independentemente do motivo pelo qual estou fora do plano de Deus, a Sua porta está sempre aberta, aguardando meu retorno. Sinto-me grata porque meu Pai é paciente e perdoador. E você?
Julie Bocock-Bliss
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Lembra-te do dia de sábado, para santificá-lo. Êxodo 20:8
Eu o encontrei na igreja que estava frequentando regularmente durante meus estudos na Universidade de Porto Rico. Eu o havia visto no dormitório, mas não sabia que também era cristão. Naquele sábado, me aproximei dele e me apresentei. Imediatamente, ele admitiu que também me vira, mas não sabia que tínhamos uma religião em comum.
Juan fora batizado um ano antes, em Mayaguez, onde entrara em contato com Jesus e Seu amor por intermédio da vida exemplar da dona da casa onde ele morava, que era uma dedicada cristã. Ele viera do Peru para concluir o mestrado e doutorado em física, e fora transferido para a Universidade de Porto Rico em Rio Piedras, onde eu estudava.
Começamos a fazer juntos o culto de pôr do sol. Com a mente inquiridora e intelectual de um físico, nossas discussões sobre Deus, a Bíblia, o sábado, criação versus evolução, pecado, Céu, etc. eram profundas. Ele ainda era muito novo na fé, ávido por aprender tudo sobre a Bíblia e sua nova religião, e também fazia a devoção diária. Nas tardes de sábado, íamos com um grupo de membros da igreja às casas para dar estudos bíblicos e fazer contato. Nossa amizade crescia, assim como nosso relacionamento pessoal com Deus.
O semestre estava para terminar, e Juan se preparava para o exame de admissão ao programa de doutorado. O exame seria na segunda-feira seguinte e ele ainda não terminara de rever todo o material necessário, de modo que planejava passar o dia de sábado inteiro estudando. Eu lhe disse que aquela seria a oportunidade perfeita de testar o Senhor e provar quão bom Ele era. Ele decidiu fazer isso. No sábado pela manhã, quando saíamos para a igreja, vimos todos os alunos de física na sala de estudos, preparando-se para o exame. Olhei para Juan e simplesmente disse: “Confie em Deus”.
Ele estudou no sábado à noite e domingo, e prestou o exame na segunda-feira. Uma semana depois, recebeu o resultado. Obteve a nota mais alta da sua turma e foi imediatamente aceito no programa! Com regozijo no coração, simplesmente inclinamos a cabeça e demos graças ao nosso querido Deus.
Servimos a um Deus vivo e poderoso, que só espera uma oportunidade para mostrar Seu amor imensurável aos Seus filhos. Simplesmente, confie em Deus!
Hannelore Gomez
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Os anjos não são, todos eles, espíritos ministradores enviados para servir aqueles que hão de herdar a salvação? Hebreus 1:14
Era dia 5 de maio, por volta das oito horas da noite. Estávamos prontos para comer um lanche quando me senti compelida a pedir a Deus, em oração, a proteção dos anjos para nossa filha, que estava a caminho para buscar uma moça que assistiria com ela a uma conferência evangelística. No momento exato em que eu orava por nossa filha, ela estacionava o carro na frente do consultório médico onde a moça trabalhava. De repente, um homem de porte médio se aproximou do carro e exigiu que nossa filha saísse e ficasse quieta. Era um assalto.
Imediatamente, Kalyna saiu do carro, suplicando: “Por favor, me deixe pegar a Bíblia.” O outro ladrão estava sentando no banco do motorista. Rapidamente, Kalyna abriu a porta traseira do carro, pegando a Bíblia e seu casaco. Tentou também pegar a bolsa com os documentos e outros itens importantes, mas não lhe permitiram. Ela estava fechando a porta quando os ladrões se foram, deixando a porta ainda aberta.
Naturalmente, não sabíamos o que estava acontecendo. Então o telefone tocou. Era nossa filha, ligando para informar que havia sido roubada, que o carro fora levado, mas que ela estava bem. Imediatamente agradecemos a Deus, pois os assaltantes não tocaram nela. Fiquei impressionada e lhe contei que, no momento exato do assalto, eu estava orando por ela, porque tivera a sensação de que o inimigo poderia tentar interferir. Acontece que a moça que iria à conferência com Kalyna era adoradora de espíritos, com sua crença firmemente enraizada. Ficou muito claro que o diabo planejou esse assalto para desanimar a moça. Mas, graças a Deus, ela agora deseja ser batizada em breve.
O carro foi encontrado em boas condições no segundo dia após o assalto, e todos os documentos continuavam lá dentro (faltavam apenas alguns objetos de valor menor). Convencemo-nos de que a mão de Deus e Seus anjos protegeram nossa filha, que procurava ajudar aquela garota desejosa de “herdar a salvação”.
Louvemos ao Senhor de todo o coração, gratas por Seu amor e proteção à nossa vida. Eu creio no ministério dos anjos. Tenho certeza de que você também.
Marília Macieira Kettle
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O Senhor não vê como o homem: o homem vê a aparência, mas o Senhor vê o coração. 1 Samuel 16:7
Quando minha irmãzinha Cassandra tinha seis anos, ela tomava leite morno de soja, sabor chocolate, todas as noites antes de ir para a cama. Se Cassandra fosse para a cama sem o leite, ela se levantava, pegava um copo, tirava o leite da geladeira e pedia que alguém o despejasse para ela. Então, tomava o leite e ia para a cama. Isso acontecia todas as noites, sem falhar. Numa sexta-feira à noite, porém, foi diferente.
Como de costume, Cassandra pegou o copo e o leite. Depois chamou: – Lillian, já peguei tudo. Você pode, por favor, preparar meu leite com chocolate hoje?
– Claro, Cassandra, espere só um minuto. – Quando cheguei à cozinha, Cassandra estava esperando. Havia colocado tudo sobre o balcão, incluindo alguns marshmallows. Sorri, peguei o achocolatado e comecei a despejá-lo. Mas o leite não saía! Fiquei surpresa. O conteúdo parecia leite e o frasco dava a impressão de ter leite dentro. Achei que o leite pudesse estar congelado, e então o sacudi e apertei a embalagem para conferir. Mesmo assim, quando tentei derramar o leite, ele não saía. Por fim, decidi cheirar o leite. Não acreditei que uma coisa que tem um gosto tão bom pudesse cheirar tão mal! Segurei a embalagem esticando o braço, e fui rapidamente na direção do lixo, quando meu pai me fez parar.
– Para onde você vai com o leite?
– Para a lata do lixo; o cheiro está horrível! – Papai pegou o recipiente e o cheirou. Declarou que o cheiro estava bom. (Para dizer a verdade, papai não toma leite de soja, de modo que ele não saberia realmente como é o cheiro de um bom leite de soja.) Felizmente, mamãe entrou na cozinha e, tendo ouvido nossa conversa, pegou o leite, cheirou-o e tentou derramá-lo. Estava espesso, viscoso e cheirava mal!
Antes de Deus entrar em nosso coração, também nos apresentamos espessas, malcheirosas e viscosas, assim como aquele leite. O pior é que não podemos vê-lo. Achamos que estamos perfeitamente bem. Nossa aparência exterior é tão boa quanto a embalagem do leite. Mas, quando Deus olha o interior, também estamos viscosas! Uma vez tendo aceitado a Deus em nossa vida, vemos como éramos antes, e percebemos nosso estado deplorável. Aceitei a Deus quando tinha 10 anos; e agora, que tenho 12, amo a Deus ainda mais, cada dia. Oro para que, ao olhar para mim, Deus veja mais do que apenas uma bonita embalagem. Espero que veja uma garota procurando viver para Ele. Espero que você também O aceite em sua vida.
Lillian Marquez de Smith
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A boa reputação vale mais que grandes riquezas; desfrutar de boa estima vale mais que prata e ouro. Provérbios 22:1
É interessante quando as iniciais do nome de uma pessoa formam uma palavra. Ou, quem sabe, você já tenha perguntado em que seus pais estavam pensando quando lhe deram o nome que você tem. Nunca me preocupei muito com minhas iniciais, até o fim do nono ano, quando recebi um presente de formatura que deixou agitados os meus processos mentais.
Ali estava – um belo jogo novo de malas Samsonite, com as iniciais “RIB” inscritas em cada volume – presente do meu pai. Então “caiu a ficha”; eu tinha a palavra RIB como minhas iniciais. Em inglês, ela significa “costela”.
O jogo de malas foi bem usado naquele mesmo ano, quando me mandaram para o ensino médio num internato onde a Bíblia fazia parte do currículo. Estudar a Bíblia era um conceito novo em minha vida, e minha mente receptiva se abriu para as muitas histórias bíblicas. Lê-las era uma aventura emocionante e excitante. Estudamos o Antigo Testamento durante meu ano como caloura. Uma história, em particular, me chamou a atenção: Deus tomou uma costela de Adão e criou Eva. Minhas iniciais estavam naquela história! Minhas não renomadas iniciais estavam, agora, assumindo um significado diferente, e eu não precisaria mais ficar envergonhada ou constrangida por causa daquelas letras na minha bagagem. Tenho certeza de que ninguém, na verdade, se importava com minha secreta mortificação relacionada com as iniciais formando a palavra “rib”. Provavelmente, nunca tenham notado. Ao olhar para trás, o tormento era uma invenção da minha imaginação.
Depois que me casei, minhas iniciais formaram outra palavra: RIM, que, em inglês, significa fronteira. Ao ler mais e mais passagens da Bíblia, descobri que a definição de “rim”, ou fronteira, é “a linha divisória ou território entre dois países”. Não somos nós peregrinos aqui, na fronteira ou divisa entre a Terra e o Céu? Estamos vigiando, aguardando aquele dia em que Jesus virá para erguer-nos da fronteira desta velha Terra. Ele nos levará para o outro lado da fronteira, através dos portais do Céu. Que glorioso evento será esse para todos os que amam e obedecem ao Senhor! Desfrutaremos a eternidade com nosso Criador.
Retha McCarty
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Quanto mais o Pai de vocês, que está nos Céus, dará coisas boas aos que Lhe pedirem! Mateus 7:11
No fim do semestre escolar, eu dirigia sozinha pela rodovia, ouvindo uma bela canção, e pensei: Por que não desfrutar a experiência de ser minha própria motorista e considerar isso uma bênção? Acontece que dirigir não é minha primeira opção; sentar-me no banco do passageiro e apreciar a paisagem é. Assim, toda vez que preciso dirigir, não fico dando pulos de alegria. Mas, naquela sexta-feira, ao sair do trabalho, não tive escolha. Meu esposo havia ido para o exterior a fim de participar de um evento de reciclagem e eu estava sozinha.
Então, continuei nesse tipo de louvor enquanto fazia o que precisava fazer. Depois de juntar minhas compras, correspondência, almoço e outros itens, voltei ao carro a fim de começar o trajeto para casa. Virei a chave na ignição, mas não se ouviu o conhecido ronronar. Achei que talvez precisasse me sentar direito porque minha posição não me permitira ligar o motor devidamente. Uma vez mais: chave na ignição, mas som nenhum.
Meu pensamento imediato foi: Pai, o dia estava indo tão bem; o que fiz de errado para que isso me acontecesse? Meu pensamento seguinte foi: Preciso ligar para meu marido.
“Fique aí sentada. Vou telefonar para o Billo”, meu marido prometeu. E cumpriu.
Alguns minutos depois, o mecânico chegou, inspecionou a situação, deu partida e anunciou que o motor de arranque precisava ser trocado. Lógico que precisa, mas certamente não será hoje. Olhei atentamente o que ele fazia, para o caso de eu ter outra surpresa. A caminho uma vez mais, parei para comprar pão na padaria. Na volta, o veículo não pegou de novo. Cheia de confiança, descobri como abrir o capô, olhei lá dentro e fiz exatamente como Billo havia feito. Você pode imaginar minha alegria quando aquele motor cantou sua melodia familiar. “Muito obrigada, Jesus!”, sussurrei, e, com o maior sorriso de todos os tempos no rosto, fui para casa, liguei para meu marido e orgulhosamente relatei minha primeira experiência como mecânica. Senti-me liberada.
Naquela noite, acrescentei mais uma bênção à minha lista: a proteção e o cuidado de Deus. Se você está preocupada com algo hoje, deixe para lá. Entregue a questão a Deus. Veja cada desafio como uma oportunidade de dar louvor, porque Deus está no controle e Ele cuidará de você. Ele sempre cuida. Eu sei.
Brenda D. (Hardy) Ottley
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Antes de clamarem, Eu responderei; ainda não estarão falando, e Eu os ouvirei. Isaías 65:24
Meu esposo e eu planejamos nossa primeira viagem a Ranchi, Bihar, na Índia. Duas semanas antes da viagem, ele assumiu outro compromisso, o que significava que eu teria que viajar sozinha. Sentia-me apreensiva. O trem levaria dois dias, e eu teria que mudar de trem em Chennai, por volta da meia-noite. Várias vezes me passou pela mente a pergunta “e se...?” Além disso, haviam passado apenas quatro meses desde a minha cirurgia.
Embarquei no trem no horário. O trem chegou a Chennai com meia hora de atraso. Felizmente, encontrei um bondoso carregador, de meia-idade, para levar minha bagagem. A caminhada de uma extremidade da plataforma até onde eu devia embarcar no trem seguinte parecia interminável. Quando chegamos à plataforma, soubemos que o trem estava 45 minutos atrasado.
Prometendo estar de volta quando o trem chegasse, o carregador saiu. As dúvidas pipocaram de novo. Mas, cumprindo a palavra, o carregador me deixou confortavelmente acomodada no trem. Quem será que vai ocupar o assento que seria do meu marido? perguntei a mim mesma. Será uma mulher com quem eu possa conversar? Em seguida, ouvi uma jovem senhora falando meu idioma. Ela se acomodou à minha frente, no lugar que meu esposo teria ocupado. Fiz uma oração silenciosa de agradecimento a Deus e conversei com a mulher.
Priya estava indo para Ranchi, meu destino. Ela conhecia o hospital adventista onde eu visitaria alguns dos meus conhecidos. Quando lhe contei que era minha primeira visita, ela prometeu me ajudar e acalmou meus temores.
Por volta das 9 horas da manhã do terceiro dia, minha nova amiga anunciou, inesperadamente, que desembarcaria na estação que precedia Ranchi, para ganhar tempo. Embora me sentisse desapontada, garanti a ela que me sairia bem. Senhor, orei, preciso de ajuda para carregar minha bagagem. Tu sabes da minha condição. Priya deixou o trem, dando-me um grande abraço.
Fiquei sozinha com um rapaz. Surpreendentemente, o rapaz, que não havia dito uma palavra durante todas aquelas horas em que viajamos juntos, disse: “Tia, não se preocupe. Vou ajudá-la a levar a bagagem.” Como é que ele sabia que eu precisaria de ajuda para levar a mala?
Sim, Deus cumpriu Sua promessa naquele dia. Antes que eu clamasse, Ele arranjou Priya para ocupar o assento do meu esposo. Enquanto eu estava ainda falando, Ele impressionou o rapaz para me ajudar. Como é poderoso o Deus a quem servimos!
Hepzibah Kore
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Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, que não muda como sombras inconstantes. Tiago 1:17
São 4h30 da manhã. Acordei, sentindo-me renovada. Quando acendi a luz, o presente de Deus já esperava por mim – a bênção multifacetada e o desafio de um novo dia. Nem sempre apreciei esse presente como o faço hoje, mas a vida ensina muitas lições, e uma delas é que a verdadeira alegria vem de contar as bênçãos.
Em primeiro lugar, estou viva. Durante esta noite que passou, milhares perderam a vida, alguns de modo sereno, outros sob circunstâncias trágicas. Deus, porém, me deu outro dia, cheio de oportunidades de regozijar-me na satisfação proveniente de fazer uma pequena diferença para o bem na vida de outras pessoas. Que privilégio!
Não estou sentindo dor. Houve meses aparentemente infindáveis em que o sono foi mínimo, e eu vivia sob o efeito de um analgésico após outro, contando os minutos que passavam lentamente. Que Deus me livre de achar outra vez que a boa saúde é algo que acontece de modo automático. Muito obrigada por um início de dia sem dor, Senhor.
Deus me ama. Como é preciosa a nossa conversa no início da manhã! Presto atenção ao sábio conselho de Sua Palavra, e conversamos sem pressa sobre todas as alegrias e os problemas do presente. Juntos, lembramo-nos das necessidades de muitos a quem Ele ama. Preocupações persistentes perdem sua força, e estou preparada para enfrentar qualquer desafio que o dia possa trazer.
Pela janela aberta, respiro o ar puro e fresco, enquanto ouço os sonolentos trinados das criaturinhas de Deus, louvando-O com cânticos. Em breve chegará a hora da minha caminhada, mas ainda não. A visita matutina de Deus é preciosa demais para ser abreviada.
Naturalmente, continuaremos nossa conversa em alguns intervalos durante o dia, mas agora ninguém nos interrompe com telefones tocando, prazos fatais por cumprir ou emergências com as quais lidar. Inquestionavelmente, é o melhor momento do dia.
Mais uma coisa, Senhor. Muito obrigada porque hoje ainda posso enxergar para ler Tua Palavra. Que bênção é essa! Deus conhece meu problema ótico, e cada dia que consigo ler a Bíblia significa um bônus. Talvez chegue o dia em que até as letras grandes fiquem ilegíveis, mas será um dia de cada vez, pois cada dia é uma dádiva perfeitamente moldada para as necessidades e os desafios daquele dia. O amanhã pode ser seguramente confiado às mãos de Deus.
Revel Papaioannou
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A relva murcha, e as flores caem, mas a palavra de nosso Deus permanece para sempre. Isaías 40:8
Aprecio o fato de que Deus nos tenha dado o privilégio de sermos criativas. Para mim, a criatividade vem em várias formas e modelos, e estou sempre aprendendo algo novo.
Concluí que, se preciso trabalhar numa caixa de concreto (uma loja), o bom seria escolher o melhor trabalho da loja. Deus me abriu a porta para usar minha criatividade trabalhando com flores.
Há muitas coisas das quais gosto no meu trabalho, mas duas, em particular, me dão momentos de alegria diariamente. Quando entro na câmara fria, encho o carrinho de compras com flores, para poder renovar as que se encontram em exposição. Às vezes, há entre 20 e 50 ramalhetes quando saio da câmara fria, e as reações que observo são maravilhosas. O carrinho cheio de belas flores, com frequência, tira o fôlego das pessoas. Fico encantada ao ver a reação no rosto delas.
Provavelmente, as pessoas não percebem que trabalho ali; ficam admiradas diante de tanta beleza (não, não a minha – a das flores). Algumas perguntam: “Você vai mesmo comprar todas essas flores?” Outras perguntam: “São para mim?” Ainda outras simplesmente dizem: “Puxa!” Naquele momento, sinto o privilégio e a honra de ver tanta alegria quando elas veem o que Deus criou. Estão apreciando um pequeno vislumbre do Céu.
Meu segundo momento favorito é quando ouço uma criancinha chegando à exposição das flores com sua mãe, e ela diz: “Fores, fores, fores!” As crianças têm muito a nos ensinar. Percebo que tudo que precisamos é reduzir a velocidade por tempo suficiente para poder cheirar as rosas e curtir o momento.
Preciso tirar muitas fotos para o curso de fotografia que estou fazendo. Geralmente faço essa lição de casa na natureza, onde há muitas coisas para admirar. Verdadeiramente, Deus nos deu muitas coisas lindas que constituem pequenos vislumbres do Céu. Será maravilhoso estar lá e ver todas as maravilhas que Ele criou, especialmente para nós.
Há muito tempo, o autor John Keats escreveu: “Uma coisa bela é uma alegria para sempre.” Deus é muito generoso ao nos dar tanta beleza!
Tente pedir a Deus que lhe mostre algo bonito para você partilhar com alguém a cada dia. E tome nota de cada vislumbre do Céu que Deus lhe mostrar!
Gay Mentes
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Seus filhos se levantam e a elogiam. Provérbios 31:28
“Mãe.” Em todas as línguas, significa amor. A própria palavra evoca felizes sentimentos de ternura, cuidado, proteção, guia, orientação – e a lista continua. Ao crescermos, refletimos sobre nossa infância e o relacionamento que tivemos com nossa mãe. É uma bênção especial para as pessoas que tiveram um feliz relacionamento mãe-filha. Afinal, é dessa relação especial que aprendemos a ser boas mães, esposas e irmãs.
Minha mãe, Adlin (Sissy, como é afetuosamente chamada por suas irmãs), está aos poucos penetrando no mundo desconhecido da demência. Recentemente, tentei me lembrar das palavras de um dos meus poemas favoritos, que ela me ensinou quando eu era menina. Ela o chamava de “Abençoando as Crianças”. Encontrei-o no livro The Best Loved Poems of the American People, sob o título “Cristo e os Pequeninos”. Entusiasmada, recitei-o para mamãe. Para meu espanto, ela não tinha lembrança dele, seu poema favorito. Foi ainda mais assustador ouvi-la dizendo que não se lembrava de que eu morava na mesma cidade, embora ela costumasse ir a pé da sua casa para a minha.
Mamãe estava sempre colocando as coisas em lugar errado, de modo que o diagnóstico de demência me pegou de surpresa. Eu presumia que seus esquecimentos frequentes fossem parte do processo de envelhecimento. O fato de que mamãe, um dia, não terá condições de me reconhecer como filha é um pensamento difícil demais de suportar. O melhor que posso fazer é me apegar ao amor de mamãe através das lições que ela me ensinou: dar, partilhar, cuidar e ser o melhor que eu possa com as bênçãos que Deus me concedeu.
Algumas das preciosas lições que aprendi com minha mãe incluem o amor à poesia. Mamãe teve pouca educação formal, porém, quando eu ainda tinha tenra idade, ela me ensinou muitos poemas que ela sabia de memória, e me lembro de muitos deles até hoje. Ela me ensinou a sempre arranjar lugar para mais alguém à mesa, embora fôssemos uma família grande e tivéssemos poucos recursos. Ela me ensinou que nenhum necessitado devia ser passado por alto. E num lar em que os dois pais não praticavam as mesmas crenças religiosas, ela sempre nos reuniu para o culto doméstico.
Há muitas mulheres em nossa vida que nos deixaram um legado bendito. E nós, por nossa vez, podemos ser uma bênção para os outros ao nosso redor. O legado que herdei do amor de minha mãe produzirá frutos para a eternidade.
Avis Mae Rodney
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Mesmo quando eu andar por um vale de trevas e morte, não temerei perigo algum, pois Tu estás comigo. Salmo 23:4
Naquela manhã do Dia das Mães, enquanto apressava minha família para que se aprontasse para ir à igreja, pensei na alegria de comemorar um dia dedicado a mim. Os meses anteriores haviam sido agitados, enquanto me recuperava do poderoso tratamento de quimioterapia contra o câncer. Graças a Deus, o câncer se encontrava em regressão, e eu tinha condições de desfrutar cada dia com meu filho de 13 meses. Mas a experiência me deixara emocionalmente esgotada, com um misto de sentimentos.
Enquanto percorríamos uma das principais avenidas a caminho da igreja, vimos um gatinho tentando atravessar a rua. Ele parecia assustado e confuso, e pedi a meu esposo que parasse o carro. Saí para ajudar o gatinho, que prontamente correu para baixo do veículo. Estávamos parados no meio da rua, num domingo de manhã, temendo que, se o carro andasse, poderia matar o gatinho. Um casal parou para perguntar o que estava acontecendo, e lhe contamos. O homem saiu do carro para ajudar-nos. Então, outro motorista parou para ajudar e uma mulher, numa caminhonete, encostou atrás do nosso veículo.
O gatinho se escondeu na roda do nosso carro, e meu esposo teve que manobrar para que uma das pessoas que nos ajudavam pudesse pegá-lo. O homem pediu luvas, para poder enfiar a mão pelo aro. Com a maior rapidez possível, um dos motoristas lhe alcançou um par de luvas grossas, de inverno. Com isso, ele conseguiu tirar o gatinho da roda. O animal estava tão agitado que mordeu o homem duas vezes e o arranhou.
Uma das pessoas informou que estava a caminho da clínica veterinária com seus cães e se ofereceu para levar o gatinho. Precisávamos de uma caixa dentro da qual colocar o ansioso animal, e havia uma no carro do resgate! Deus providenciara as pessoas e as ferramentas necessárias para salvar o pequeno gato. Todas as pessoas envolvidas trocaram seus números de telefone para receber notícias sobre o destino do gatinho, e saíram impressionadas. Que lição aprendemos! Considero o comportamento do gatinho semelhante ao instinto humano de ser agressivo e defensivo quando se assusta e se sente desconfortável. Mesmo que haja pessoas tentando ajudar, às vezes nos concentramos em nosso sofrimento. A lição para mim, naquela manhã, foi aprender a relaxar, acalmar-me e aguardar. Haverá uma mão ajudadora disposta a nos resgatar de qualquer situação desconfortável pela qual estejamos passando.
Leslie R. Quiroz
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Já estou preparado para fazer a minha terceira visita a vocês e novamente não vou exigir que vocês me ajudem. Eu quero
vocês e não o dinheiro de vocês. 2 Coríntios 12:14, NTLH
Quando meu filho mais velho saiu de casa para estudar no Colégio Avondale, senti-me orgulhosa dele e ao mesmo tempo pesarosa, por não mais poder vê-lo todos os dias. Podíamos conversar por telefone, trocar e-mails e visitar-nos, mas eu não podia ter a companhia dele. Anelava estar com ele e desejava abraçá-lo. Eu o imaginava ocupado com seus estudos, reunindo-se com amigos e trabalhando.
Sentia muito sua falta e simplesmente precisava ir visitá-lo. Comprei uma passagem para a estação ferroviária mais próxima do colégio. Contei-lhe com uma semana de antecedência que o trem chegaria às seis horas da tarde. Fiz o lembrete alguns dias depois. No dia em que saí, lembrei-o de novo, e telefonei uma terceira vez quando me sentei no trem, pronta para a partida. Mais tarde, eu lhe disse que o trem estava dentro do horário, e que eu esperava chegar às 18h. Ele disse que não via a hora de me ver, mas pediu que eu lhe telefonasse quando o trem já estivesse perto. Às 17h30 telefonei e lhe falei da minha euforia – faltavam só 30 minutos para vê-lo. Ele pediu que eu telefonasse de novo quando o trem estivesse mais perto. Liguei outra vez quando faltavam apenas 15 minutos. Recebi a mesma resposta: “Ligue quando estiver mais perto.” Ele não entendia que esta era a ligação! Telefonei de novo aos dez minutos e depois às 17h55. Quando cheguei à estação após a longa viagem, eu esperava vê-lo ali com os braços bem abertos, pronto para dar o longamente esperado abraço do Dia das Mães que ele me devia. Ele não estava lá, e começava a escurecer. Foi um sensação terrível saber que eu havia feito um esforço tão grande e ele não estava pronto.
Minha agonia me fez voltar a atenção ao relacionamento com nosso Pai celestial e Irmão mais velho. Ele anseia estar conosco; não vê a hora de passar tempo conosco. Está fazendo um enorme esforço para vir e levar-nos para morar com Ele. Lembra-nos de que virá em breve, e nos disse o que esperar e como contar o tempo espiritual. Imagine quão arrasado Jesus deve Se sentir cada dia, quando não tomamos tempo para nos encontrarmos com Ele através da devoção pessoal, e como ficaria arrasado se chegasse e não estivéssemos prontas.
Espero estar pronta quando Ele voltar.
Bridgid Kilgour
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“Farei cicatrizar o seu ferimento e curarei as suas feridas”, declara o Senhor. Jeremias 30:17
Como diretora de segurança da minha empresa, sou responsável por disponibilizar instruções sobre todo tipo de questões de segurança, desde materiais perigosos até atendimento de emergência. Esse treinamento não pode ser encarado levianamente, já que pode fazer a diferença entre a vida e a morte em muitas circunstâncias. Nossa praxe é que trabalhar com segurança é responsabilidade de todos. Isso mostra respeito por nós mesmos, nossos colegas de trabalho e a empresa. Trazemos especialistas nessas áreas para que apresentem ideias e treinamento de primeira classe.
Um dos nossos cursos mais recentes foi de primeiros socorros e ressuscitação cardiopulmonar. A aula combinava assistir ao vídeo sobre um drama de salvamento, treino em sala de aula e demonstrações de um simulado de ressuscitação. Os instrutores repetidamente enfatizavam a necessidade de reação imediata. Um paciente que não esteja respirando pode sofrer lesões no cérebro ou morrer dentro de minutos, e uma perda significativa de sangue também pode causar a morte. Muitas vidas têm sido salvas por meio dessas técnicas de socorro – e há muitos heróis a quem agradecer.
Ao refletir sobre isso, imaginei Jesus como nosso primeiro socorrista. Ele viu nossa deplorável condição causada pelo pecado. O plano de salvar-nos foi criado por especialistas na área – Deus, o Pai, e Jesus, Seu Filho. Quando Adão e Eva pecaram, era desesperadora a situação, na qual toda a humanidade se perderia eternamente se não houvesse intervenção. Ele nos viu morrendo sem qualquer esperança de sobrevivência e veio até nós para trazer-nos vida. Ao atender ao chamado de emergência e vir à Terra como ser humano, Ele nos ofereceu o Seu fôlego de vida, derramando Sua Palavra no íntimo do nosso ser. Mediante a transfusão do Seu sangue pela morte na cruz, Ele nos salvou a vida. Restaurou nossas funções vitais para que vivêssemos com Ele para sempre, em Seu reino.
Meu filho usa uma camiseta que diz: “Minha vida foi salva por um doador de sangue.” Sim, de verdade; podemos ser gratos pela perfeita reação de Jesus diante da nossa calamitosa situação. Não teríamos esperança sem Ele. Jesus não doou apenas 450 ml para a nossa causa – Ele sacrificou cada gota do Seu sangue para cobrir as trevas do pecado neste mundo. E faz isso todos os dias em nosso favor. A transfusão do Seu sangue para a nossa vida nos dá renovada vitalidade, poder sobrenatural. Ele é nosso herói. É nosso Salvador. É nosso primeiro socorrista – o único de que necessitamos!
Karen Phillips
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Porque a Seus anjos Ele dará ordens a seu respeito, para que o protejam em todos os seus caminhos. Salmo 91:11
Nosso avião acabara de pousar e, sem querer perder um minuto mais, liguei o celular e telefonei para meus pais. Papai atendeu. “Que bom que você chegou”, disse ele, acrescentando: “E quando passar por aqui, sua mãe tem algo interessante para lhe contar.”
Depois de deixar as malas em casa, percorremos de carro a curta distância até a casa deles. Imediatamente notei que um dos dois carros estava fora da garagem. Após uma breve conversa sobre nossas férias, perguntei: – Mamãe, o que aconteceu com o seu carro?
Minha mãe, de 77 anos de idade, suspirou e começou a relatar uma história que me deu um calafrio na espinha.
– Seu pai e eu estávamos a caminho da igreja e, quando fui pisar no freio para parar num semáforo, não havia freio nenhum. Não consegui parar o carro!
Meus olhos se arregalaram enquanto ela continuou: – Eu me esforcei em vão, certa de que ia colidir com o carro à frente – disse ela. – Mas, então, de repente, algo miraculoso aconteceu.
Esperei, agradecendo mentalmente a Deus por eles estarem bem.
– O carro foi parando devagar até chegar a centímetros do automóvel à frente.
– Anjos. – A palavra brotou dos meus lábios. – Os anjos pararam o carro.
Todos nós concordamos. Deus, em Sua misericórdia, viu o que acontecia e enviou um anjo para socorrer meus pais. Mais tarde, refleti novamente sobre essa situação e sobre quão bom Deus realmente é. Colocamos nossa confiança em tantas “coisas”. Acreditamos que um despertador vai nos acordar pela manhã, que o avião vai manter sua altitude e não cair, e que a água da torneira é potável. Mas isso são apenas coisas. É nosso Pai que nos dá um tapinha no ombro cada manhã. É Deus que impede a colisão de astros no espaço. É Deus quem envia anjos para nos proteger. Não vemos os anjos, mas sabemos que Deus dá ordens aos anjos a nosso respeito. Frequentemente, são anjos que Ele envia para nos salvarem nas situações aflitivas.
Confiar em Deus em todas as coisas é essencial ao nosso bem-estar. Ele não nos deixará quando colocarmos nossa confiança nEle. E, mais importante, Deus nunca falha. Fico tão feliz porque Ele enviou um anjo para parar o carro dos meus pais; aguardo o momento de dizer “muito obrigada”, pessoalmente, a esse ser celeste especial!
Yvonne Curry Smallwood
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Quando vocês estiverem sofrendo e todas essas coisas tiverem acontecido com vocês, então, em dias futuros, vocês voltarão para o Senhor, o seu Deus, e Lhe obedecerão. Pois o Senhor, o seu Deus, é Deus misericordioso; Ele não os abandonará, nem os destruirá, nem Se esquecerá da aliança que com juramento fez com os seus antepassados. Deuteronômio 4:30, 31
Aviagem missionária ao Cazaquistão simplesmente não era o que eu esperava. Mas, pensando bem, que viagem missionária é? Elas são cheias de surpresas, alegrias, desapontamentos, provas, tentações e, certamente, uma montanha-russa de emoções. No conjunto, o Cazaquistão parecia coisa demais para enfrentar. Assim, inicialmente, eu disse não quando fui solicitada a retornar. Fechei os ouvidos a Deus e lutei com Ele por duas semanas. Mas, e se Deus quisesse a minha volta para lá? “Tudo bem, Senhor”, orei, “seja feita a Tua vontade.” Três semanas mais tarde, partíamos para o Cazaquistão.
Tínhamos um ritual para nos desestressar; consistia em beber um chá verde, beliscar uns biscoitos de aveia e contar os eventos do dia. Num domingo, nosso ritual se transformou numa lição vital. Fazia apenas uns 10 minutos que começáramos nosso ritual quando senti um forte impulso de sair da cozinha. Não consegui explicar. Por que deveríamos sair dali? Sempre nos sentamos aqui. Mas a sensação não desaparecia.
– Querido, precisamos ir para a sala de estar – disse eu ao meu esposo.
– Por quê? – perguntou ele. Um engenheiro da computação não faz nada sem uma explicação. Mas eu não tinha nenhuma. Só sabia que precisávamos sair dali, e foi isso que eu lhe disse. Ele concordou.
Levamos nossos biscoitos e o chá para a sala. Uns 15 minutos depois, ouvimos um estrondo extremamente alto. Com a xícara de chá na mão e farelos de biscoito na boca e ao redor dos lábios, ficamos ali sentados em silêncio, olhando um para o outro. Congelados. Por fim, saímos para a porta da cozinha e engolimos em seco, tomados de assombro. O armário que fora fixado à parede, cheio de pratos, copos e produtos alimentícios, havia caído ao chão, não sem antes colidir com a mesa da cozinha, junto à qual havíamos estado sentados apenas minutos antes.
Naquele dia, a sessão de limpeza foi duplicada com uma sessão de louvor. Expressamos nossa gratidão a Deus por Sua misericórdia sempiterna e presença muito real em nossa vida.
Deus está disposto a guiar, proteger e salvar. Estamos nós dispostos a obedecer? Se tão somente ouvirmos, Ele nos guiará, com ternura e amor.
LaToya V. Zavala
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Quando o Espírito da verdade vier, Ele os guiará a toda a verdade. João 16:13
Em nossa classe de estudo da Bíblia, no sábado, o professor mencionou que seu professor da aula de Bíblia no ensino médio havia desenhado um gráfico ilustrando a caminhada cristã: Deus no topo; nós, na parte inferior. Ao longo da nossa experiência cristã, ao nos esforçarmos bastante, de verdade (com a ajuda de Deus), gradualmente subimos para mais perto do Senhor. Muitos de nós conseguimos imaginar o gráfico. Ele disse que, mais tarde, percebeu que aquele não era um quadro verdadeiro da graça. É Deus quem faz tudo. Nós permitimos que isso aconteça em nossa vida individual, mas não conseguimos isso por nos esforçarmos bastante. Ele comentou que, embora seu professor tenha ensinado incorretamente, ele não se sentira aborrecido com ele. Entendeu que estamos todos crescendo em nossa compreensão de Deus e Sua graça.
Um membro da classe perguntou o que o levara a esse novo entendimento. Enquanto a classe prosseguia com a discussão, eu escutava, mas também senti que o Espírito Santo me dizia: “Eu sou Aquele que a ajuda a compreender a verdade acerca da graça de Deus.” Imaginei o Espírito Santo usando a natureza, os relacionamentos ou qualquer outra coisa de que precisa para falar a verdade às pessoas que não têm qualquer outra maneira de aprender a Seu respeito.
Fiquei emocionada ao entender que o Espírito Santo é tremendamente justo. Ele usa o que for necessário para cada um de nós. Para aqueles que a têm disponível, Ele usa a Escritura, mas não Se limita a isso, mesmo conosco. Ele sabe como falar a uma pessoa altamente culta. Sabe como abordar a mente dos cientistas. É criativo na maneira como ensina os menos instruídos.
Senti que Ele pairava sobre a classe onde eu me encontava, trabalhando com cada pessoa ali para conduzi-la a uma compreensão mais profunda da verdade a respeito de Deus.
Como me senti agradecida por esse dom que Jesus nos concedeu! Somente Jesus sabia o quanto precisaríamos do Espírito Santo, quando O prometeu a nós.
Quando a classe se dispersou, continuei ponderando sobre essa maravilhosa verdade. Sei que tentar partilhar a verdade por minha conta não terá o mesmo impacto que terá quando o Espírito Santo nos ensinar.
De algum modo, o Espírito Santo sabia que eu precisava de uma compreensão mais ampla da Sua obra naquele momento, e assim falou essa verdade ao meu coração.
Lana Fletcher
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E não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos, se não desanimarmos. Gálatas 6:9
Ela era uma mulher especial, uma mulher que perseverava e servia ao Senhor incansavelmente. Embora já tenha partido, a memória de sua vigilância e zelo em servir ao Senhor permanece. Ela faleceu dormindo, em 2008, aos 88 anos de idade. Essa mulher foi minha mãe.
P. C. Young era uma mulher baixinha, bondosa e espiritual. Durante anos, ia de porta em porta, vendendo revistas e livros religiosos, notada por sua dedicação e inabalável fé no Senhor.
Na época em que era mais jovem, ela fora ativa ao dirigir, cada sábado à tarde, uma Escola Cristã de Férias na casa onde crescemos. Dos seus seis filhos, ela mandava os quatro mais velhos à vizinhança, a fim de convidar as crianças para a hora das histórias. John, um chinês adolescente, junto com seus dois irmãos mais novos, vinha sem falhar à hora das histórias infantis. (Eles podem ter sido atraídos pelos quitutes servidos no fim das histórias.) Por fim, através da atuação do Espírito Santo, os três irmãos foram batizados.
Tendo sabido da morte de minha mãe, John, que hoje está aposentado de sua empresa comercial em Vancouver, Canadá, confessou: “É por causa de sua mãe que hoje sou cristão. Eu me lembrarei sempre de cada sábado, às duas horas da tarde na sua casa, e dos hinos ‘Dá-me a Bíblia’ e ‘Oh, que Amigo em Cristo Temos’ que aprendi a cantar. Isso causou um grande impacto em minha vida juvenil. Pensar sobre isso me traz de volta as mais caras lembranças da minha infância. Foi a melhor época da minha vida. Minha esposa, Florence, e eu somos muito abençoados hoje. Nossos dois filhos, jovens adultos, decidiram trabalhar para o Senhor e creem sinceramente que Jesus virá em breve.”
Embora, às vezes, leve um bom tempo, é maravilhoso saber que as sementes da verdade se multiplicaram de uma geração para outra.
Com efeito, a fidelidade de mamãe ao Senhor também causou sobre mim um tremendo impacto. Devo à minha mãe o que sou hoje. Amiga, não se canse da boa obra que você faz. Embora, às vezes, seja difícil, não desista! Jesus virá em breve! Sejamos fiéis, todas nós. Somente quando Sua Palavra for levada a todos os cantos do mundo, Ele virá outra vez.
Ivy Ng
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Pois Tu, Senhor, abençoas o justo; o Teu favor o protege como um escudo. Salmo 5:12
Após meu restabelecimento de uma grave enfermidade, meu esposo e eu optamos por nos mudar para as Ilhas Virgens, onde ele arranjou um emprego no hospital em S. Croix. Ficamos muito entusiasmados por viver numa bela ilha tropical. Compramos cinco acres de terra numa bela colina de frente para o oceano, e planejamos construir a casa dos nossos sonhos. Demos início à casa e trabalhamos bastante. Queríamos terminar logo a casa para poder morar nela. Mas, no meio da construção, percebemos que todo o material e o custo da mão de obra eram três vezes mais dispendiosos do que esperávamos. Em pouco tempo, tivemos que interromper a obra por falta de dinheiro. Estávamos desesperados e ansiosos por mudar-nos para a casa nova.
Numa sexta-feira, precisávamos de 3.500 dólares para pagar os pedreiros. De onde conseguiríamos esse dinheiro? Falei com meu esposo por telefone. Ele disse que tinha um cheque de valor muito pequeno, nem mesmo perto de 1.000 dólares. Mesmo assim, fui buscá-lo. Ele também me deu alguns endereços de pessoas que lhe deviam dinheiro, mas tampouco eram quantias grandes. Fui buscar todos os cheques, mas, como sabia que não conseguiríamos os 3.500 dólares de que precisávamos, nem mesmo os examinei. Todavia, continuei orando o tempo todo.
Quando cheguei ao banco para descontar os cheques, pedi novamente ao Senhor que me ajudasse. Fui ao caixa e lhe pedi para descontar todos os cheques. E, para minha grande surpresa, ela me entregou 4.000 dólares. Não pude acreditar! O Senhor não é tremendo?
Fui dando graças ao Senhor o caminho todo até nossa propriedade. Sabia que Deus havia operado aquele milagre para nós. E eu O louvei por isso! Na verdade, tenho visto Sua santa mão ao longo da minha vida. Não importa a situação que você esteja atravessando, Deus está ao seu lado para ajudá-la até que a questão se resolva. A única coisa que precisa fazer é confiar nEle de todo o coração, e Ele lhe atenderá as petições. Creio que Davi o disse muito bem: “Oh! Provai e vede que o Senhor é bom; bem-aventurado o homem que nEle se refugia. Temei o Senhor, vós os Seus santos, pois nada falta aos que O temem” (Salmo 34:8, 9, ARA).
Heidi R. Snow
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Deus é o nosso refúgio e a nossa fortaleza, auxílio sempre presente na adversidade. Salmo 46:1
Joanna, de dois anos de idade, encontrou aberta a porta do escritório de seu avô, e entrou para explorá-lo. Um momento depois, saiu com uma calculadora na mão. “Fone!” disse ela. Joanna se encanta com tudo o que tenha botões para apertar ou girar, e gosta muito de falar ao telefone. Para ela, a calculadora, com sua janelinha e os números, deve ter parecido um telefone celular.
Ela apertou algumas das teclas e depois colocou o aparelho junto ao ouvido. – Alô! Vovó? – Respondi que eu a amava, fazendo de conta que segurava um telefone junto ao ouvido.
– Não, Joanna, não! – disse a mãe dela. – Isso é do vovô. Dá isso aqui, por favor.
– Fone! Meu! – disse Joanna, e se afastou de sua mãe, correndo pela sala.
Depois de mais algumas palavras, a mãe dela avisou: – Você vai ter um grande problema agora, Joanna!
Joanna disparou pelo corredor, dando risadinhas. – Grande problema!
Todas nós rimos. Ela era muito engraçada. Gostava de estar no centro do palco. Ela não tinha certeza do que significava “problema”; mesmo assim, manteve-se fora do alcance da sua mãe. Por fim, Sally pegou a colher de pau, ergueu-a e começou a contar: Um, dois... Agora não havia mais dúvida na mente de Joanna sobre o significado de problema. Franziu a testa e olhou para sua mãe. Deu para ver que a mãe falava sério, e ela correu para sua avó em busca de segurança.
– Grande problema – disse ela.
– Está bem; vou pegar o “fone”. Daí não tem mais problema – disse-lhe eu, segurando-a perto de mim. Joanna entregou a calculadora e depois correu até sua caixa de brinquedos para procurar algo com o que se distrair.
Quando Joanna teve problemas, correu para a vovó. Achou que a colher não a alcançaria nos braços da avó, e tinha razão. Mas a vovó não disse que ela podia brincar com a calculadora. Em vez disso, a vovó tirou dela a tentação, e agora não havia mais problema.
Com que frequência temos sido como Joanna ao lidar com a tentação? Queremos muito fazer o que nosso coração pede, até descobrir que diante de nós está um grande problema. Em face das consequências, volvemo-nos a Deus em busca de auxílio. Ele está sempre acessível, pronto a livrar-nos.
Da próxima vez em que eu me encontrar diante de um grande problema, correrei para a segurança dAquele que é meu “refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações” (Salmo 46:1, ARA).
Dorothy Eaton Watts
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Reconheça o Senhor em todos os seus caminhos, e Ele endireitará as suas veredas. Provérbios 3:6
Minha filha estava entusiasmada com seu primeiro emprego. Ela recebera sua carta de “oferta de emprego”, confirmando o cargo e a remuneração. A carta indicava que mais detalhes viriam a seguir. Pouco depois, ela recebeu outra carta anunciando a data da sessão de orientação. A carta também indicava que a frequência era obrigatória, que era um treinamento pago e que a ausência resultaria na retirada da oferta de emprego. A data caía num sábado, o dia em que observamos o descanso.
Ao discutirmos a questão, ela expressou ansiedade, dizendo que seu emprego estaria possivelmente em risco, e que ela desejava “um bom emprego de verão”. Expliquei que não havia emprego de verão tão bom que exigisse o comprometimento de sua observância do sábado. Como era menor de idade, eu disse que telefonaria para o escritório e explicaria a situação, e se eles pudessem acomodar a orientação para uma data alternativa, que assim fosse. Caso não pudessem, igualmente estaria bem. Expliquei a ela que havia outros empregos para os quais ela podia se candidatar, e que ela estaria trabalhando não por necessidade, mas porque queria ganhar o próprio dinheiro. Ficou claro que ela não assumiria a vaga se não fosse possível a mudança de data. Expliquei como era importante ser coerente a esse respeito com os futuros empregadores. Eu compreendia o entusiasmo da minha filha e apreciava sua ética de trabalho, mas sabia que esse era um “teste” importante para ela. A maneira como lidasse com isso influenciaria suas decisões futuras quanto a essa questão no emprego.
Ela concordou que eu ligasse para o escritório da administração. Nesse meio-tempo, orei para que Deus tornasse clara a Sua vontade, e que Ele mostrasse à minha filha como defender aquilo em que ela cria, e confiasse nEle, independentemente do resultado. Eu sabia que essa seria uma importante lição para ela. Quando pedi para falar com o departamento de recursos humanos, eles se mostraram mais do que dispostos para reagendar a sessão de orientação para outro dia. Demos um suspiro de alívio. Ela ficou feliz por poder continuar com seus planos de trabalho durante as férias de verão, e eu, feliz porque ela recebera a confirmação de que, se colocarmos Deus em primeiro lugar, Ele desimpedirá o caminho.
Kimberly N. Sutton
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Pois onde se reunirem dois ou três em Meu nome, ali Eu estou no meio deles. Mateus 18:20
Muitas de nós nos lembramos de como as equipes eram escolhidas para os jogos, quando éramos crianças. Os capitães das equipes eram escolhidos em primeiro lugar. Depois, os restantes ficavam em volta, como escravos num leilão, esperando enquanto os capitães escolhiam os garotos que, segundo imaginavam, ajudariam o time a vencer. Naturalmente, os melhores eram escolhidos primeiro. Era aí que todo mundo ficava religioso. Cada um rezava para não ser escolhido por último.
Só que, por fim, para bem ou para mal, todos entravam em algum time. Mas, como você se sentiria se nunca fizesse parte de uma equipe?
Pensei sobre isso enquanto lia o primeiro capítulo do livro de Atos. Judas, o traidor de Jesus, havia cometido suicídio recentemente. Os discípulos se reuniram para escolher um substituto. Havia dois candidatos: José, chamado Barsabás, e um homem chamado Matias. Após fervorosa oração, eles lançaram sortes, e a sorte caiu sobre Matias, que foi oficialmente acrescentado à equipe como um dos doze.
Tenho a curiosidade de saber o que passou pela mente de Barsabás quando ele não entrou na equipe. Ele se sentiu magoado ou zangado? Sentiu alívio? Considerou a notícia como providência de Deus ou disse: “Se vocês, rapazes, acham que não sou bom o suficiente, então adeus”? Eu gostaria de pensar que ele continuou por perto, mas acho que nunca ficaremos sabendo enquanto estivermos vivendo aqui.
Frequentemente temos esperanças e sonhos que nunca chegam a se concretizar. Mas, aos olhos de Deus, todos somos importantes. A boa notícia é que Ele quer que todas nós estejamos em Seu time.
Deus deu a cada uma de nós talentos para serem usados em benefício dos outros. Não precisamos inventar a cura para o resfriado ou descobrir uma utilidade prática para os fiapos na secadora de roupa. Mas quanto a isso, tudo bem. Cada dom que Deus nos concede é importante, independentemente de seu tamanho. Tanto os atos de bondade pequenos quanto os grandes podem mudar uma vida, mas há mais oportunidade para praticar os pequenos.
Então, não percamos de vista o fato de que nunca é perdido aquilo que fazemos para o Senhor. Há uma bênção especial em simplesmente permanecer na equipe de Deus. E não consigo pensar num lugar melhor onde ficar – agora e através da eternidade.
Márcia Mollenkopf
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O Senhor [...] protege os que nEle confiam. Naum 1:7
Melissa gemeu ao ver que nem tudo caberia na mochila.
– Vai caber aquilo de que você precisa – respondi.
Melissa revirou os olhos grandes e expressivos e desapareceu pelo corredor. Fui imprimir os cartões de embarque e, horror! Apareceu espalhado na tela: “Visto Necessário Agora.” Como foi que passei isso por alto?
No momento em que concluí a compra e verificação de dois vistos eletrônicos, a mochila de Melissa estava pronta, embora com protuberâncias em todas as costuras. Dirigimo-nos ao aeroporto – seria uma empreitada difícil.
– Você está vibrando de tensão – observou Melissa, olhando minhas articulações brancas agarradas ao volante. – Deus quer que você apresente esse seminário, e por isso chegaremos lá.
– Obrigada – respondi, com um toque de irritação perceptível na minha voz. Entre os dentes, Melissa murmurou: – Só estou lhe dando um pouco do seu próprio remédio. (Ai!)
Melissa tinha razão. Eu estava um pouquinho ansiosa. OK, estava bastante ansiosa. Respirando fundo, olhei para o sol que se punha, mudei meus pensamentos do negativo para o positivo e enviei uma oração espiralando para cima. Na metade do caminho para o aeroporto, o céu escureceu de repente, com volumosas e espessas ondas de nevoeiro vindas do mar. – Sorte nossa que o nevoeiro está a três metros do chão – comentei.
– Ah, isso é que é sorte! – exclamou Melissa, rindo com gosto. – Agora mesmo é que nosso avião vai sair com atraso. – E saiu. Com duas horas de atraso. Por todo o aeroporto, as conversas giravam em torno do nevoeiro incomumente espesso e fora de época. Hmmmm.
Embarcamos com alguns minutos de folga e afivelamos os cintos de segurança para a decolagem. Melissa segurou minha mão e disse: – Não estou realmente ansiosa. Só preciso de um gesto reconfortante, considerando que esta é a primeira vez que viajo de avião e tudo mais. – Eu ri sozinha.
Enquanto o poderoso empuxo do motor a jato nos deixava aplastadas contra o assento, refleti: Como é fácil retroceder a antigos padrões de comportamento durante momentos de estresse! Como é proveitoso – OK, como é irritante, também – receber o eco das próprias palavras. Como é reconfortante saber que podemos mudar nossos pensamentos e voltar aos trilhos. Apertei a mão de Melissa, e lá estávamos nós, aerotransportadas. “Não andem ansiosos por coisa alguma” (Filipenses 4:6).
Arlene Taylor
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O Senhor é a minha força e o meu escudo; nEle o meu coração confia, e dEle recebo ajuda. Salmo 28:7
Fui criada no meio de cavalos. Minha mãe me comprou uma fêmea de pônei Shetland, chamada Honeydew. Era bonita, de cor castanha. Fiz muitos bons passeios com ela, enquanto era minha. Depois de alguns anos, porém, cresci e fiquei alta demais para Honeydew. Então, minha mãe decidiu vendê-la e comprar um cavalo novo. Quando eu estava na primeira série, fomos olhar os cavalos de um amigo, os quais estavam à venda. Minha tia comprou uma égua chamada Country, e mamãe comprou para mim uma bonita fêmea de pônei, castanha, meio galesa e meio árabe, chamada Ginger. Fiquei encantada com ela no minuto em que a vi. Era muito dócil e bem treinada.
Quando eu tinha uns sete anos de idade, estava brincando no pasto, seguindo Ginger por toda parte, como se fosse sua cria. Brinquei por algum tempo, até que ela decidiu passar pela porteira. Ela começou a andar a meio trote e passou pelo canto do celeiro, enquanto eu seguia atrás – precisei correr para alcançá-la. Quando dei a volta ao celeiro, surpreendi Country, a égua que minha tia comprara, e ela deu um coice com a pata traseira, atingindo-me na região do estômago, junto às costelas. Caí ao chão, sem poder respirar. Arrastei-me até a porteira e tentei chamar a atenção de minha mãe, gritando para ela. A princípio, ela pensou que eu estivesse brincando, mas em poucos minutos percebeu que não era brincadeira e veio correndo. Ela me viu no chão, machucada, e correu para buscar o tio Garry.
Ele me ergueu e carregou para dentro de casa. Deitou-me no sofá e minha avó me examinou, constatando que eu não havia quebrado costelas ou qualquer outro osso. Quando, finalmente, minha respiração voltou ao normal, eles me perguntaram o que acontecera, e lhes contei. Aprendi a lição. Nunca mais chegaria por trás de um cavalo, pegando-o de surpresa. Sempre começo a conversar com eles, quando me aproximo.
Definitivamente, Deus me socorreu naquele dia. Envolveu-me com Seus fortes braços e me protegeu. Percebo que Deus está sempre perto de mim – e de todas nós. Tudo que precisamos fazer é colocar nossa confiança nEle e falar com Ele. Aqui está uma promessa de Sua proteção para você hoje: “O Senhor [a] protegerá de todo o mal, protegerá a sua vida. O Senhor protegerá a sua saída e a sua chegada, desde agora e para sempre” (Salmo 121:7, 8).
Ashley Anne Nelson
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Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus. Efésios 2:8
Enquanto escrevo esta página, o calendário marca 26 de maio de 2009. Hoje comemoro meu septuagésimo oitavo aniversário. A publicação deste devocional, porém, não sairá antes de uns dois anos. Desfruto uma saúde razoavelmente boa, e espero ainda estar por aí na época. Se não estiver, sei que as palavras que escrevo permanecerão. Se existe uma coisa apenas que eu possa deixar como escritora, caso não viva por mais alguns anos, é pedir que você pense na palavra e no significado de “graça”.
Graça. Que palavra linda! Quase tem melodia própria. Teria sido por isso que John Newton, autor do hino “Graça Excelsa”, teria escrito as palavras “quão doce o som” na letra original? Na verdade, o próprio som da palavra “graça” é confortador. Há palavras que possuem uma beleza intrínseca, e graça é uma dessas palavras. Muitas mulheres têm o nome de Graça. Tive uma amiga que se chamava Carolyn Grace. Gostava de ser chamada pelos dois nomes. “Prefiro o som de ‘Grace’ porque seu som é o de uma doce canção”, dizia ela.
No vocabulário cristão, o caráter perdoador de nosso Deus se aprofunda mediante a compreensão desta palavra: “graça”. É um ato impressionante de Deus dispensar-nos Sua graça, porque, por natureza, nascemos pecadores, não merecedores da graça.
Recentemente, ouvi a história contada por uma sobrevivente do Holocausto, um relato de cortar o coração acerca de como sua família sofreu as pavorosas atrocidades da Segunda Guerra Mundial. Embora fosse na época uma criancinha, ela se recorda de um lugar trágico, onde os cadáveres eram empilhados como lenha. A família foi libertada pelos soviéticos e, embora o pai houvesse morrido pouco depois, ele morreu como homem livre, não como um prisioneiro. Seu status como homem livre fez toda a diferença para a pequena família.
Consideraram esse fato como graça de Deus.
A história dela me levou a ponderar novamente sobre a graça de Deus. Graça é o único meio de escape para um prisioneiro do pecado. Felizmente, não temos que esperar que um exército nos resgate; podemos simplesmente aceitar a graça de Deus. Este ato nosso leva alegria ao coração de Jesus, porque é Ele quem torna isso possível. Sim, Jesus é nosso libertador. Desse modo, o ato da graça é verdadeiramente um doce e excelso cântico que ressoa do Céu até nós.
Betty Kossick
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Abençoem, e não os amaldiçoem. Romanos 12:14
O egoísmo é um sentimento que nos impede de receber grandes bênçãos de Deus. Uma das maiores bênçãos que Ele deseja para nós é que também sejamos uma bênção para os outros. Mas a pessoa egoísta olha apenas para seus próprios desejos. Decide o que quer e não pensa nos outros; nada de bom flui dela, porque Deus não tem lugar em sua vida. Não há lugar para que a vontade de Deus se faça nela.
Quando nossos primeiros pais pecaram, o egoísmo assumiu o controle e, como resultado, Adão e Eva perceberam que estavam nus. O egoísmo fez com que se concentrassem em si mesmos – e ainda faz. Também culparam os outros enquanto se defendiam. “A serpente me fez de boba”, alegou a mulher. E Adão passou a culpa para Eva: “A mulher que me deste...”
Podemos ver o resultado dos atos de Adão e Eva hoje. Em vez de bênçãos, houve maldições para o planeta inteiro. A tendência humana hoje é defender-se e servir-se, acusando e oprimindo os outros, e, como consequência, muitos são privados de receber as bênçãos que poderiam receber apenas por intermédio de outra pessoa – amor, afeição, compreensão, empatia ou simplesmente um ouvido atento.
Qual é o antídoto para esse grande egoísmo? Olhe ao seu redor; pare e observe aqueles que possam estar em necessidade; pare de olhar para si mesma por um momento. De imediato, você notará que há mais de uma pessoa que precisa de algo que você possui em abundância.
A seguir, pare de defender-se. Quando condescendemos com o “eu”, tornamo-nos insensíveis em relação aos outros, e culpamos os outros facilmente por situações pelas quais somos as únicas responsáveis. Isso fazemos para não magoar nosso “eu”. Em vez disso, se formos sábias, chegaremos até a repreender o nosso “eu”, o que precisa ser feito de vez em quando.
Alguém escreveu: “A maior bênção que uma pessoa pode receber é a de ser uma bênção para os outros. O reino de Deus não terá homens e mulheres que, durante a vida, tiveram o hábito de não partilhar sua felicidade. No Universo perfeito, o único interesse dos seres inteligentes será tornar os outros felizes.”
Como herdeira de bênçãos, você é chamada a ser um canal através do qual as riquezas celestiais possam fluir para os outros. Que seja essa uma realidade em sua vida!
Gisselle Lavandier de Vásquez
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Ele fortalece o cansado e dá grande vigor aoque está sem forças. Isaías 40:29
Tem estado tão seco ultimamente, que saio cedo para arrancar algumas ervas daninhas e dar início à rega das plantas. Certa manhã, eu aproveitava o frescor quando, de repente, tomei consciência de um som distante, acima de mim. Esquadrinhei o céu na direção do som. De súbito, vi a longa linha recortada de gansos migratórios, cujas asas batendo pareciam de prata cintilante à luz da manhã. Eu sabia que eles tinham centenas de quilômetros para percorrer, antes que alcançassem o destino ao norte, no território da procriação. Senti-me completamente pequena, enquanto as belas criaturas jornadeavam com plena confiança em seu Criador.
Nas várias formações em V que passavam lá no alto, a liderança se transmitia de uma ave para outra, para que cada seguidor descansasse num bolsão de menos resistência do ar, atrás de outra ave. A alguma distância atrás da formação, duas ou três aves voavam, acompanhando o grupo, mas sozinhas no céu. Eu me perguntava se estariam fracas e incapazes de ir junto, ou se haviam simplesmente saído mais tarde.
Eu sabia que, ao anoitecer, depois de voar o dia todo, os componentes do bando desceriam até águas cintilantes, onde flutuariam em busca de alimento e descanso. Então, à primeira luz da aurora, renovados pelo repouso, prosseguiriam na direção de casa. Iriam avante, cerrando fileiras se uma ave caísse, fazendo rodízio na liderança e repousando quando necessário. Não havia, absolutamente, como fazê-los parar. Estavam indo para casa.
O reino de Deus é como gansos selvagens migrando para o território da nidificação. Cada um deve voar individualmente. Precisamos comunicar-nos enquanto avançamos, ignorando as distrações acima e abaixo. Devemos continuar voando, concentradas no destino. As sombras daqueles que, obviamente, voam na direção oposta não devem tentar-nos.
E, sim, a vida cristã é, às vezes, como os gansos que voam atrás da formação em V! Vemo-nos junto com um grupo, todos rumo à eternidade, mas de algum modo lutando sozinhas. As circunstâncias nos empurram para trás, até nos percebermos por fora, sem a possibilidade de nos valermos do vácuo.
Que podemos dizer a quem se sente separada do grupo? Não desista! Lembre-se de que, com o auxílio de Deus, você pode acompanhar o ritmo, mesmo que esteja sozinha. Amanhã, pela graça de Deus, você se levantará para integrar aquela formação que ninguém pode fazer parar – e está quase chegando!
Beth Wells Carlson
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Agrada-te do Senhor, e Ele satisfará os desejos do teu coração. Salmo 37:4, ARA
Quando você é casada com pastor, as mudanças se tornam uma ciência. Você aprende a encaixotar as coisas de um modo que a louça não se quebre, a marcar as caixas devidamente para que, chegando ao destino, a louça não vá parar no dormitório. Todavia, depois de permanecer na capital do nosso arquipélago por 17 anos, achei que nossa fase de mudanças houvesse acabado. Mas Deus tem um modo interessante de nos tirar da nossa zona de conforto para que aprendamos a depender dEle.
Depois da morte súbita de um administrador em outra ilha, meu esposo foi solicitado a pastorear a igreja daquela área. Após muita oração, decidimos aceitar. Nossa prioridade era encontrar uma casa. Meu esposo e eu fomos à ilha em duas ocasiões diferentes para procurar casa, mas sem sucesso. Nossa maior preocupação era encontrar espaço para acomodar os livros do meu esposo. Ele é um ávido leitor e, ao longo dos anos, acumulou uma respeitável biblioteca. Assim, minha oração a Deus era simples: “Senhor, não precisamos de nada grande ou sofisticado. Mas eu gostaria de uma cozinha com um bom espaço para o balcão, e um quarto a mais, grande o suficiente para os livros do meu marido.”
Olhamos algumas casas bonitas, mas nenhuma servia ao propósito. Na semana seguinte, fizemos uma última viagem à caça de um imóvel. Orei novamente, lembrando ao Senhor que nos mudávamos por Seu comando, e assim Ele precisaria providenciar uma casa para nós. Depois de dois dias, dirigimo-nos para o aeroporto, desapontados e frustrados.
No caminho, o motorista parou para abastecer o carro. Voltou com um jornal, e meu esposo deu uma olhada nos anúncios de imóveis. Um deles, em particular, chamou sua atenção e disquei o número anunciado. Quando uma senhora de voz muito agradável atendeu a ligação, expliquei o propósito da chamada. Ela se ofereceu para encontrar-nos no endereço.
Enquanto percorríamos a casa, mal pude disfarçar minha euforia. O quarto do casal era enorme, e havia um quarto de hóspedes. Porém, mais importante, havia uma cozinha de bom tamanho, com muito espaço para balcões – e um quarto extra que podia conter todos os livros do meu esposo!
Deus é tão maravilhoso conosco! Ele prometeu satisfazer os desejos do nosso coração, e agora sei que isso, às vezes, significa dar-nos uma cozinha com muito espaço para os balcões e um cômodo que pode ser transformado em escritório.
Lynn C. Smith
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O seu Deus o instrui e lhe ensina o caminho. Isaías 28:26
Oito meses haviam passado, e eu não recebera o pagamento final pelo projeto. Havia sido uma consultoria difícil, envolvendo o trabalho com uma grande equipe, a superação de numerosos obstáculos e a redefinição de metas. Na verdade, os 12 meses originalmente calculados se estenderam para dois anos, com altos e baixos em cada canto, nenhum deles relacionado com reformular e reescrever o relatório final.
Depois de todo esse esforço e um atraso de dois meses, fui informada de que antes da aceitação seriam exigidas mudanças adicionais, e, naturalmente, o pagamento pelo trabalho feito. Fiquei descontente e decidi que não seriam feitas mais alterações. Já fora investido tempo demais, e o relatório estava benfeito. Refletia as atividades desenvolvidas, apresentava recomendações específicas, bem definidas, e o programa a ser implementado com vistas ao resultado que se desejava, tudo exposto no formato designado pela agência contratante para esse fim. Afastei a questão da minha mente.
Após vários meses, o problema voltou à tona e me perguntei o que fazer para receber o pagamento. Por fim, às 3 horas de certa manhã, tive a ideia de pedir ao Senhor orientação para lidar com a situação, após o que voltei a dormir. Quando acordei, resolvi escrever ao escritório da matriz. Enquanto pensava sobre como redigir a carta, tive uma ideia melhor: telefonar para o diretor interno do projeto a respeito do problema. Ele se surpreendeu pelo fato de o pagamento estar tão atrasado, e estava bem a par do trabalho feito, tendo na verdade participado de várias reuniões relacionadas com o projeto. Além disso, havia recebido e aprovado cópias de todos os relatórios parciais, inclusive do final! Ele me garantiu que cuidaria da questão imediatamente.
Isso me fez pensar. Se eu tivesse buscado ao Senhor antes, teria Ele, na época, iluminado minha mente com a ideia que resolveu o problema, poupando-me de muito aborrecimento, preocupação e demora no cancelamento da dívida? É importante que oremos primeiro, e não por último, quando surgem situações com as quais não podemos lidar por conta própria. A verdade é que devemos orar em todo o tempo!
Marion V. Clarke Martin
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Antes de clamarem, Eu responderei; ainda não estarão falando, e Eu os ouvirei. Isaías 65:24
Alguns anos atrás, Deus me fez testemunhar uma demonstração de fé, para mostrar-me quão inútil me era ficar preocupada. Meu filho mais novo, Rod, havia concluído o ensino médio e precisava de um emprego. O início das aulas na faculdade seria dali a uns dois meses; contudo, o emprego em meio expediente que ele tinha numa lanchonete ajudava, mas não era suficiente.
Mencionei os apuros de Rod a uma amiga. Ela deu uma sugestão. O seu empregador precisava de uma pessoa para operar a copiadora no turno da noite, de preferência um formando do ensino médio com conhecimento básico de computação, alguém que também planejasse cursar a faculdade. O cargo parecia perfeito. Rod tinha intimidade com o computador, e era uma pessoa do tipo noturno. Ele telefonou.
Orei para que Rod conseguisse o emprego, mas aí começou o meu teste de fé. Disseram a Rod que o homem telefonaria para ele dentro de dois dias. Passei bem no primeiro dia; no segundo, eu me vi ficando ansiosa toda vez que o telefone tocava. Esse dia chegou e se foi. Comecei a importunar Rod para que fizesse um contato, a fim de sondar as coisas.
Rod tinha muito mais fé do que eu. Ele recebe a vida assim como Deus a apresenta a ele, sempre calmo e confiante. Eu sabia que ele não estava nem um pouco preocupado quanto a obter o emprego, mas, obedientemente, telefonou de novo. Mais uma vez lhe disseram que o homem estava fora do escritório e lhe daria um retorno.
– Não se preocupe, mamãe. Eu sei que já consegui o emprego – foi o que ele me garantiu.
– Como você pode ter tanta certeza? – indaguei.
– Simplesmente sei.
Então entendi. “Simplesmente sei.” Isso é fé! Simplesmente saber. É aquela paz íntima que vem de confiar em Deus e aceitar o Seu controle. É saber que Deus já respondeu às nossas orações antes de as proferirmos, e que Ele está fazendo tudo para o nosso bem. Não precisamos nos preocupar, aborrecer e atormentar, porque Ele já cuidou do assunto.
Olhei fixamente para o meu filho por um momento, refletindo de novo sobre o que ele dissera: “Simplesmente sei”. Uma vez mais, Deus me ensinara uma lição, e comecei a entender. Rod foi empregado no dia seguinte.
Márcia R. Pope
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